Qual é o sentido da vida?
Para um garoto de 6 anos parece uma pergunta interessante a se fazer, pois na perspectiva dele existe um mundo inteiro a conhecer. Mas essa pergunta torna-se complexa na vida adulta.
- Qual o impacto desta pergunta?
- Em que momentos a fazemos?
- Quais são os sentimentos que ela gera?
- Como somos influenciados por esta pergunta?
A impressão é de que quando adultos, o desejo de encontrar um sentido de vida estático e único tolhe a possibilidade de se conectar com o que pode ser o “real sentido da vida”. O desejo de chegar lá, naquele lugar idealizado, imaginado e “distante”, muitas vezes difícil de ser alcançado. Como se houvesse um objetivo a ser alcançado. E se compreendermos que o sentido da vida é um estado, uma forma de compreender o seu dia a dia, uma postura frente ao que é vivido, de aprender e se transformar com as experiências que a vida coloca.
Qual a mudança gerada ao olharmos sob esta perspectiva de “sentido da vida”?
Olhar a partir desta perspectiva nos remete a identificar aquilo que estamos buscando e vivendo hoje. Aquilo que nos faz mover e agir em exatos momentos de nossas vidas. Faz olhar para aquilo que nos motiva à ação.
Será que aprendi algo hoje que não sabia ontem?
Tal pergunta é essencial para captar o movimento e sentido que a sua vida está construindo e a forma como estamos atribuindo sentido a ela. Exige o exercício de compreender o movimento que está em construção na relação que estabelecemos com os fatos que a vida nos proporciona. Não é estático. É dinâmico. Assim como a criança explora o mundo ao brincar com poças de lama, panelas do armário da cozinha, brinquedos e aprende com isso, o adulto pode explorar os fatos de sua vida como forma de aprender e atribuir sentido a ela. Atribuir sentido a partir daquilo que está em movimento hoje e não estático no futuro como algo idealizado.
Deseja experimentar um exercício que possa lhe auxiliar a ter insights sobre qual o sentido da sua vida?
Veja as orientações em 3 passos abaixo:
- Identifique 3 momentos recentes (2 a 3 anos) que exigiu de você uma mudança. Descreva-o (escrita) com a riqueza de detalhes: o que ocorreu, o que eu pensei, como me senti, quem eram as pessoas envolvidas e o que elas fizeram, como foi minha reação, qual esforço tive que fazer, qual o resultado desta minha ação, etc.
- Após descrever, procure um colega próximo com quem possua abertura para conversas mais profundas e peça para ele te ouvir. Peça para ele prestar atenção e procurar identificar no movimento que conecta estes 3 momentos da sua vida, enquanto você relata. O que existe de “padrão” nestas 3 histórias relatadas? Quais comportamentos? Quais atitudes? Quais motivações? O que estava buscando nestes momentos de vida.
- Por fim, procure identificar a essência destas histórias. Aquilo que diz sobre você nestes relatos.
Compartilhe suas reflexões e ajude outras pessoas a identificar o sentido da vida vida!
Tal reflexão foi possível ao assistir o video abaixo. Vale muito assistir!
https://www.youtube.com/watch?v=XZuVhK0tpKE
Em uma palestra do astrofísico Neil deGrasse Tyson em Boston (EUA), um garoto de seis anos fez uma pergunta muito simples — mas também muito antiga: Qual é o sentido da vida?